‘Se você é contra o PT, meu partido é você’: uma análise das mobilizações do patronato rural do Rio Grande do Sul

Autores

  • Felipe Ferrari da Costa Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Campinas, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4356-3220
  • Marcos Botton Piccin Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil https://orcid.org/0000-0002-7254-0036
  • Regina Bruno Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.36920/esa32-1_01

Palavras-chave:

agronegócio, elites, questão agrária, conflitos, manifestação de rua

Resumo

Este artigo analisa a construção de identidades e representações sociais do patronato rural gaúcho em situações de conflito, considerando mobilizações empreendidas por eles a partir dos anos 1980, especialmente pela garantia do monopólio fundiário. Persegue-se o sentido atribuído a categorias como luta, movimento, mobilização da classe, de unidade e enfrentamento ao adversário. Busca-se interpretar a organização de ações de rua, como caminhadas, marchas, acampamento, cavalgada e caravana. São práticas complexas e heterogêneas, que ensejam disputas pela legitimidade na liderança do grupo. A mobilização compõe suas identidades e representações ao longo do tempo, informando diferenciação em relação a outras frações dominantes do país. A forma como anunciam-se combatentes no campo dos conflitos agrários, informando um ethos da violência como prática política, afirma os senhores de terra do Rio Grande do Sul como senhores de guerra. A análise é qualitativa e as fontes são 17 entrevistas em profundidade, com representantes deste patronato.

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Publicado

15-03-2024

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