A multiplicidade das águas no fazer das pessoas: corpo, gênero e materialidades em um quilombo pernambucano
DOI:
https://doi.org/10.36920/esa-v30-1_st02Palavras-chave:
águas, gênero, corporalidades, materialidades, trabalho de campoResumo
Este artigo parte da etnografia realizada no convívio com famílias quilombolas no agreste de Pernambuco. À medida que minha inserção no cotidiano da comunidade foi se adensando, minha posição em termos de gênero e geração tornou possível direcionarmos o olhar para as formas locais de uso, classificação e simbolização das águas. Perceber a multiplicidade das águas em termos de características sensoriais, qualidades, efeitos e relações com corpos e coletividades permitiu refletir criticamente a respeito dos discursos acadêmicos e estatais sobre a região semiárida, que tomam a água como um recurso natural escasso. Ao dar centralidade à dinâmica cotidiana das águas, privilegio as casas como eixos centrais a partir dos quais o manejo dessa substância evidenciava conexões entre corpos e materialidades. Essas conexões revelaram-se valorosas para pensar os usos das águas na relação com trabalhos e atribuições generificadas, conflitos, expectativas e julgamentos morais, situações de prestígio e humilhação, formas de cuidado e apresentação pública dos corpos.
elocation-id: e2230110
Recebido: 15.11.2021 • Aceito: 04.04.2022 • Publicado: 20.05.2022
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Copyright (c) 2022 Marcela Rabello de Castro Centelhas

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