Quando as regras da morada geraram revolta: uma reinterpretação da emergência das Ligas Camponesas (1955-1964)
DOI:
https://doi.org/10.36920/esa-v30n1-6Palavras-chave:
Ligas Camponesas, morada, movimentos sociais, moralidadeResumo
Este artigo problematiza a mudança na relação entre moradores e grandes proprietários, observando que os valores da morada são ressignificados pelos moradores no processo de mobilização das Ligas Camponesas na Paraíba nas décadas de 1950 e 1960, de maneira a constituir traços de continuidade e descontinuidade entre os símbolos, o repertório do movimento e a moralidade desses agentes. O artigo analisa este processo a partir da relação entre moralidade e revolta, com destaque para a questão de como os foreiros, que eram os agentes que mais partilhavam as regras morais da morada, foram os que mais se mobilizaram nas Ligas. A pesquisa se utilizou da análise hermenêutica sobre as narrativas dos participantes do movimento, obtidas a partir de relatos orais registrados por outros pesquisadores.
elocation-id: e2230106
Recebido: 13.10.2021 • Aceito: 03.03.2022 • Publicado: 30.03.2022
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