Seringueiros do Alto Acre ‘no tempo das políticas públicas’: comunitarismo e disputas eleitorais na atualização da condição camponesa numa região de fronteira agropecuária
DOI:
https://doi.org/10.36920/esa-v30-1_st06Palavras-chave:
seringueiros, Amazônia, reservas extrativistas, campesinato, disputas eleitoraisResumo
Baseado numa abordagem relacional, o presente trabalho discute aspectos prático-simbólicos da ação dos seringueiros de comunidades de reservas extrativistas do Alto Acre, nos campos burocrático e político. A partir de pesquisa documental, observações e entrevistas com moradores de comunidades da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes e de Projetos de Assentamento Agroextrativistas (PAE) situados numa região de fronteira da expansão agropecuária sobre a Amazônia, o trabalho evidencia as tensões entre, de um lado, os princípios e perspectivas de agentes situados em instituições do Estado e do mercado, e, de outro, as perspectivas dos seringueiros, que incorporam seletivamente aos seus habitus novos elementos para a manutenção de sua condição camponesa. Ao percorrer o processo de criação do instrumento jurídico que regulamentou a exploração madeireira em territórios de Resex e as disputas políticas pelo poder local das quais os seringueiros participaram ativamente, por meio de seu envolvimento com o Partido dos Trabalhadores (PT) nas últimas três décadas, o trabalho conclui que tais processos foram determinantes para a ampliação de capital simbólico a esses camponeses, que inseririam um comunitarismo singular no debate público, permitindo a atualização de sua condição camponesa e, consequentemente, sua permanência no cenário agrário do Alto Acre.
elocation-id: e2230114
Recebido: 10.10.2021 • Aceito: 06.04.2022 • Publicado: 24.05.2022
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