Comunidades ribeirinhas amazônicas: dinâmicas territoriais e conflitos na calha do rio Madeira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36920/esa32-2_st06

Palavras-chave:

comunidades tradicionais, Amazônia, desenvolvimento, conflitos

Resumo

O artigo busca refletir sobre as dinâmicas territoriais e as formas tradicionais de uso dos recursos naturais por comunidades ribeirinhas da Calha do Madeira, diante do processo de expansão do agronegócio no Sul do Amazonas, tomando como base a década que compreende o período de 2013 a 2023. Esta pesquisa, de abordagem qualitativa, utilizou os pressupostos metodológicos da pesquisa-ação que busca compreender a realidade a partir do envolvimento e das visões de mundo dos sujeitos sociais pesquisados. O trabalho de campo foi realizado nas comunidades ribeirinhas Paraíso Grande, Paraisinho e Santa Rosa, localizadas no município de Humaitá (AM), região do médio rio Madeira. A coleta de dados deu-se por meio da realização de oficinas, entrevistas abertas, conversas informais e observações diretas por meio da participação em reuniões das associações das referidas comunidades e outras situações ocasionais. Os levantamentos bibliográficos e documentais sobre as ações do Estado evidenciaram políticas e processos de gestão territorial que visam atender aos interesses dos agentes do desenvolvimento econômico a partir de atividades de base agropecuária e florestal nesta região da Amazônia Ocidental, como a proposição da Zona de Desenvolvimento Sustentável de Abunã-Madeira. Concluímos que as políticas públicas e o entusiasmo de agentes políticos expressam a priorização dos organismos de Estado para o avanço de empreendimentos agropecuários de grandes extensões e outros projetos de desenvolvimento no sul amazonense, que restringem o acesso a terra e a recursos naturais, agravando ainda mais a insegurança fundiária, territorial e modos de vida dos povos e comunidades tradicionais da Calha do Madeira.

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Publicado

20-12-2024

Edição

Seção

Seção Temática "Agronegócio, infraestrutura logística e dinâmicas fundiárias na Amazônia”, organizada por Valdemar João Wesz Junior (Unila), Juanita Cuéllar Benavides (Unila) e Karina Kato (UFRRJ)

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