Latifúndios de carbono e moedas virtuais para proteger a Amazônia: a corrida por terras e financeirização da natureza

Autores

  • Thereza Cristina Cardoso Menezes Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.36920/esa32-2_st09

Palavras-chave:

financeirização da natureza, Amazônia, créditos de carbono, NFT

Resumo

O texto propõe uma reflexão sobre o desenvolvimento amazônico tomando como suporte empírico duas experiências em curso de financeirização da natureza em propriedades rurais no Sul do Amazonas situadas nos municipios de Lábrea, Pauini e Apuí. Nos casos em análise, tratamos de iniciativas de compensação pela redução de emissões por desmatamento e degradação floresta (REDD+) e de novas práticas de conservação implementadas nessa região que vem enfrentando grande avanço do desmatamento. No primeiro caso, analisamos uma área em processo de demarcação de Terra Indígena vendida a uma empresa que comercializa desde 2021 NFTs (Non-Fungible Token, na sigla em inglês), ou Tokens não Fungíveis (em português) lastreados em itens reais da fauna e flora locais, um tipo de moeda virtual para proteger a Amazônia. No segundo caso, examinamos a formação de sociedades de fazendeiros que estão certificando milhares de hectares de áreas preservadas para a comercialização de créditos de carbono. O objetivo do texto é apontar as dinâmicas em curso do mercado de terras na fronteira agropecuária sul-amazônica derivadas de novas possibilidades de lucro obtido com a financeirização da natureza em áreas da Amazônia que têm sido duramente atingidas pelo desmatamento.

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Biografia do Autor

  • Thereza Cristina Cardoso Menezes, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

    Docente permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ). Doutorado em Antropologia Social pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN-UFRJ).
    therezaccm@uol.com.br
    https://orcid.org/0000-0003-2452-0433
    http://lattes.cnpq.br/1961922404233305


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Publicado

20-12-2024

Edição

Seção

Seção Temática "Agronegócio, infraestrutura logística e dinâmicas fundiárias na Amazônia”, organizada por Valdemar João Wesz Junior (Unila), Juanita Cuéllar Benavides (Unila) e Karina Kato (UFRRJ)

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