Situações de emergência no sudeste do Pará: a sobrevivência econômica e social de duas organizações camponesas em tempos de pandemia e pecuarização
DOI:
https://doi.org/10.36920/esa31-2_06Palavras-chave:
crise, pandemia, pecuáriaResumo
São Félix do Xingu – PA é o município brasileiro campeão de produção de gado, com um rebanho de mais de 2 milhões de cabeças, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2020). A forte presença dessa atividade, entretanto, não pode ser vista como a única em curso ou a que representa, em absoluto, todas as formas de apropriação, significação e uso dos espaços. A região acolhe uma diversidade social ampla, sendo os agricultores e agricultoras familiares atores expressivos. Durante a pandemia, estes últimos viram as suas lógicas de existência confrontadas. Estimulado a investigar a situação, o presente trabalho estudou o modo como agricultores e agricultoras familiares do município de São Félix do Xingu – PA organizados em associações e cooperativas atravessaram/atravessam a crise no contexto da pandemia e dos processos de pecuarização. A análise recaiu sobre as suas maneiras de perceber riscos à saúde e à perda de condições de trabalho em face do referido cenário. A pesquisa realizada foi de natureza qualitativa, sendo a ferramenta digital WhatsApp um instrumento de interlocução fundamental, nos tempos mais duros da pandemia. As entrevistas foram semiestruturadas, sendo o distanciamento devidamente observado. A pandemia da Covid-19 impôs uma situação de vulnerabilidade aos interlocutores da pesquisa, pela ameaça à saúde física, mas também econômica e social. A despeito da situação, os atores sociais seguem reoxigenando as esperanças, mantendo as suas agendas e planos traçados.
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