Diversidade de canais curtos de comercialização com participação de agricultores familiares: relevância de modalidades tradicionais como feiras do produtor e inovadoras como grupos de WhatsApp
DOI:
https://doi.org/10.36920/esa31-2_16Resumo
Neste trabalho foram comparadas as modalidades de comercialização tradicionais, como feiras do produtor, e inovadoras, como vendas por aplicativos, praticadas por agricultores familiares via canais curtos, que são as formas de comercialização com conexão direta entre produtor e consumidor. Por meio de aplicação de questionários e realização de entrevistas com informantes-chave, buscou-se tipificar, verificar a distribuição geográfica e aferir a relevância econômica e o nível de participação de agricultores familiares nos diferentes canais curtos de comercialização. Os dados revelam que existe grande diversidade de canais curtos nos municípios amostrados (7,18 canais em média) e que mais de um quarto dos agricultores familiares (26,25%) escoam sua produção via canais curtos. Os canais curtos tradicionais são mais recorrentes, mais inclusivos em relação ao número de produtores e geram mais renda do que os canais curtos inovadores. Os dados também demonstram que municípios com maior diversidade de canais tendem a promover maior nível de inclusão socioprodutiva de agricultores familiares e que o conjunto de canais curtos é responsável por 25,74% da renda produtiva do conjunto de agricultores amostrados. Apesar da diversidade e da grande ocorrência, os canais curtos ainda não incluem a maioria dos agricultores familiares nem representam a sua principal fonte de renda, portanto devem ser considerados como uma, entre muitas outras, estratégias de promoção do desenvolvimento rural.
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