Análise regional da produção agropecuária do Rio de Janeiro, considerando-se os segmentos familiar e não familiar
Regional analysis of agricultural production of Rio de Janeiro, considering the family and non-family sectors
DOI:
https://doi.org/10.36920/esa-v27n3-9Resumo
As regiões do estado do Rio de Janeiro apresentam diferentes condições climáticas, de relevo, de estrutura fundiária, e foram marcadas por processos históricos de formação diferenciados. Disso resultam distintas dinâmicas produtivas regionais, em particular na agricultura. Com o uso de medidas de concentração, diversificação, especialização e localização, buscou-se caracterizar as diferenças regionais quanto à produção agropecuária do estado, considerando-se os segmentos familiar e não familiar. Foram observadas significativas diferenças regionais quanto aos índices calculados, e constatada a importância da agricultura familiar, principalmente nas regiões Noroeste, Centro e na Metropolitana, onde se destacam, respectivamente, as microrregiões Santo Antônio de Pádua, Nova Friburgo e Serrana. Como os melhores índices de diversificação encontram-se nessa agricultura, seu papel na diversificação da economia agrícola do estado tem sido marcante.
Palavras-chave: economia regional; desigualdades; agricultura familiar.
SOUZA, Paulo Marcelo de; SOUZA, Hadma Milaneze de; FORNAZIER, Armando; PONCIANO, Niraldo José. Análise regional da produção agropecuária do Rio de Janeiro, considerando-se os segmentos familiar e não familiar. Estudos Sociedade e Agricultura, v. 27, n. 3, p. 645-670, out. 2019.
Recebido em maio de 2019.
Aceito em agosto de 2019.
Downloads
Referências
ALENTEJANO, P. R. R. Reforma agrária e pluriatividade no Rio de Janeiro: repensando a dicotomia rural-urbana nos assentamentos rurais. Tese (Mestrado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) – Rio de Janeiro-RJ, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ/CPDA, 188p., 1997.
CARNEIRO, M. J. et al. Campo aberto, o rural no estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 1998.
CASSERES, M. B., LOUREIRO, F. E. L., MORAES, L. A. F. A estrutura fundiária do Estado do Rio de Janeiro: uma abordagem sócio-econômica. In: Jornada de Iniciação Cinetífica do Centro de Tecnologia Mineral, XIV, 2006, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2006. 1-7.
EGGER, D. S. TRANSFORMAÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS NO MEIO RURAL FLUMINENSE: CONTINUIDADES E RUPTURAS. Revista de Geografia (Recife), v. 27, n. 1, p. 6-25, 2010.
GALVÃO, M. C. C. Rio de Janeiro- contradições e ajustes de um espaço desigual. Revista Rio de Janeiro. V.1 nº3. Niterói: mai-ago. 1986.
GRAZIANO DA SILVA, J. et al. Tecnologia e campesinato: o caso brasileiro. Revista de Economia Política, v. 3, n. 4, p. 21-55, out/dez. 1983.
HADDAD, J. H. (Org.). Economia regional: teoria e métodos de análise. Fortaleza: BNB/ETIENE, 1989.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSITCA. Sistema de recuperação automática de dados-SIDRA. Disponível em: <www.sidra.gov.br.>. Acesso em: jan. 2016.
LARA, F. M.; FIORI, T. P.; ZANIN, V. Notas sobre medidas de concentração e especialização: um exercício preliminar para o emprego no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser, 2010, 24p. (Textos para Discussão N° 83)
LIMA, J. F. et al. Analise regional das mesorregiões do estado do Paraná no final do século XX. Revista Análise Econômica, Porto Alegre, n. 46, p. 7-26, set. 2006a.
LIMA, J. F. et al. O uso das terras no sul do Brasil: uma análise a partir de indicadores de localização. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 44, n. 4, Brasília, out./dez. 2006b.
MARAFON, G. J. Agricultura familiar, pluriatividade e turismo: reflexões a partir do território fluminense. Campo-Território: Revista de Geografia Agrária, Uberlândia, 1(1): 17-40, 2006.
MARTINE, G., BESKOW, P. R. O modelo, os instrumentos e as transformações na estrutura de produção agrícola. In: MARTINE, G., GARCIA, R. C. (org.) Os impactos sociais da modernização agrícola. São Paulo: Caetés, 1987. p. 19-39.
OLIVEIRA FILHO et al. S. F. S. Adoção de estratégias para redução de riscos: identificação dos determinantes da diversificação produtiva no Polo Petrolina-Juazeiro. Revista de Economia e Sociologia Rural, Piracicaba, v.52, n.1, p. 117-138, Jan./Mar. 2014.
PEREIRA, V. S. N. PONCIANO, N. J.; NNEY, M. G.; CAROLINO, J. Transformações no meio rural fluminense: uma análise das características demográficas dos domicílios. In: 51º Congresso da Sociedade Brasileirade Economia, Administração e Sociologia Rural, 2013, Belém. Anais... Belém, 2013.
RIBEIRO, M. A., CAVALCANTI, V. M. A. Tipologia urbana: o exemplo do estado do Rio de Janeiro. ACTA Geográfica, Boa Vista, v.5, n.10, jul./dez. p.27-36, 2011.
SIMÕES, M. R. Atlas Geográfico do Estado do Rio de Janeiro [CD ROM]/Manoel Ricardo Simões. – Mesquita, RJ: Ed. Entorno, 2010.
SOUZA, P. M. de et al. Padrão de desenvolvimento tecnológico dos municípios das Regiões Norte e Noroeste do Rio de Janeiro. Rev. Econ. Sociol. Rural [online]. 2009, vol.47, n.4, pp. 946-969, 2009. ISSN 0103-2003.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Paulo Marcelo de Souza, Hadma Milaneze de Souza, Armando Fornazier, Niraldo José Ponciano
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).