O desafio alimentar no século XXI

The food challenge of the twenty-first century

Autores

  • Antônio Márcio Buainain Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Brasil
  • Junior Ruiz Garcia Universidade Federal do Paraná (UFPR), Brasil
  • Pedro Abel Vieira Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Brasil

Resumo

Ao longo do século XIX a escassez de alimentos era uma das mais sérias ameaças à reprodução do capitalismo, trazendo à tona o Fantasma Malthusiano. A teoria de Malthus não se confirmou ao longo do século XIX e XX. Graças ao progresso tecnológico a produção de alimentos cresceu mais do que a população, a qualidade de vida melhorou, as pessoas passaram a viver mais tempo e a se alimentar mais. Ainda assim, a sociedade não foi capaz de resolver o problema básico e secular da alimentação, e no início do Século XXI a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) registrava 800 milhões de pessoas vivendo em situação de insegurança alimentar. Neste contexto, o artigo discute algumas questões a respeito do debate sobre a natureza do desafio de alimentar a população mundial no século XXI, tais como: qual o desafio alimentar a ser enfrentado pela sociedade no século XXI? Quais são os principais condicionantes para alimentar a população mundial? Por que os produtores rurais não lograram aumentar a produção para atender tanto a demanda como a necessidade de alimentos? O trabalho é baseado no levantamento e análise de dados secundários e na literatura. Os resultados indicam que o diagnóstico sobre a insegurança alimentar deslocou a restrição malthusiana da insuficiência da oferta para a insuficiência de renda e demanda. A inovação e as restrições ambientais são variáveis-chaves para enfrentar o desafio alimentar contemporâneo.

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Biografia do Autor

Antônio Márcio Buainain, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Brasil

Professor do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Instituto de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT/PPED) e do Núcleo de Economia Agrícola e Meio Ambiente da Universidade Estadual de Campinas (NEA/IE–Unicamp).
E-mail: buainain@gmail.com

Junior Ruiz Garcia, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Brasil

Mestrado e doutorado em Desenvolvimento Econômico pela Universidad Estadual de Campinas (Unicamp) e professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná(UFPR).
E-mail: jrgarcia1989@gmail.com

Pedro Abel Vieira, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Brasil

Mestrado e doutorado em Fitotecnia pela Universidade de São Paulo (USP). Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). E-mail: pedroabelvieira@gmail.com

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Publicado

28-10-2016