Fronteira Agrícola e a política de priorização dos municípios no combate ao desmatamento no Estado do Pará, Amazônia

Agricultural Frontier and the prioritization policy of the municipalities in combating the deforestation in the State of Pará, Amazônia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36920/esa-v28n2-8

Resumo

A expansão da Fronteira Agrícola é uma realidade na região Amazônica e no estado do Pará. As atividades agropecuárias têm se deslocado para a mesorregião Sudoeste do estado, implicando um aumento do desmatamento nos municípios embargados e ditos prioritários, de acordo com o Programa Municípios Verdes (PMV). Diante disso, a presente pesquisa visou analisar o avanço da Fronteira Agrícola diante da política do PMV, que prioriza suas ações de combate ao desmatamento nos chamados municípios embargados, diametralmente opostos ao grupo de Municípios Verdes (MVs) no estado do Pará. Verificou-se que entre os municípios controlados (Municípios Verdes) pelo PMV, o desmatamento se manteve estável e, entre os municípios prioritários, o desmatamento cresceu substancialmente no período de 2004 a 2016, mesmo diante das imposições colocadas pelo Programa. Concomitantemente, boa parte desses municípios está localizada nas áreas de expansão da fronteira, e o crescimento das atividades agrícolas e madeireiras, em termos de quantidade produzida e valores monetários obtidos, tem estimulado o deslocamento. Empreendimentos energéticos e abertura de estradas também contribuem para esse cenário. A inflexão de políticas ambientais e a efetiva gestão ambiental municipal que perpassa pelo conceito emergente de governança local são fundamentais para o controle do desmatamento no Pará.
Palavras-chave: desmatamento; fronteira; municípios prioritários.

Artigo recebido em 23 de setembro de 2019.  Aceito em 9 de março de 2020.

Como citar
CASTELO, Thiago Bandeira; ADAMI, Marcos; SANTOS, Ricardo Bruno Nascimento dos. Fronteira Agrícola e a política de priorização dos municípios no combate ao desmatamento no estado do Pará, Amazônia. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, v. 28, n. 2, p. 434-457, jun. 2020.

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Biografia do Autor

Thiago Bandeira Castelo, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, Pará, Brasil

Doutorando do Programa de Pós-graduação em Economia da Universidade Federal do Pará (UFPA).
http://orcid.org/0000-0002-8118-3827
http://lattes.cnpq.br/5696815926115617
thiagobcastelo@gmail.com

Marcos Adami, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Belém, Pará, Brasil

Doutorado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Centro Regional da Amazônia (CRA). Professor permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Pará (UFPA).
https://orcid.org/0000-0003-4247-4477
http://lattes.cnpq.br/7484071887086439
marcos.adami@inpe.br

Ricardo Bruno Nascimento dos Santos, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, Pará, Brasil

Doutorado em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Professor adjunto do Programa de Pós-graduação em Economia da Universidade Federal do Pará (UFPA).
https://orcid.org/0000-0001-9459-1582
http://lattes.cnpq.br/3685339264701382
ricardobns@gmail.com

 

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Publicado

01-06-2020