A dupla dicotomia do ensino agrícola no Brasil (1930-1960)

Autores

  • Sonia Regina de Mendonça

Resumo

A discussão sobre o ensino agrícola no Brasil teve seu apogeu, nos anos 1920, em meio a um debate entre a vertente defensora do ensino agrícola alfabetizador e a que o postulava como educação para o trabalho. Entre anos 1930 e 1950, essa controvérsia envolveu inúmeras agências do Estado. A conjuntura do pós-Segunda Guerra Mundial propiciou a aproximação
Brasil-EUA. Daí resultou um conjunto de acordos de “cooperação” responsáveis tanto pela consolidação da vertente “ruralizadora” do ensino agrícola, quanto por sua redefinição, transmutando-se sua dimensão escolar em “assistência técnica”. Nesse registro, o “ensino agrícola” no Brasil consolidou discursos e práticas tecnicistas como instrumentos da negação dos conflitos no campo consagrando uma identidade subalterna do trabalhador rural.

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Biografia do Autor

Sonia Regina de Mendonça

pós-doutora pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, é professora-titular da Unicamp

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Publicado

08-12-2013

Edição

Seção

Ano 14 volume 01 - abril de 2006