Nova chamada de trabalhos aberta: Seção Temática “Agronegócio, Infraestrutura Logística e Dinâmicas Fundiárias na Amazônia”

17-07-2023

A Seção Temática “Agronegócio, Infraestrutura Logística e Dinâmicas Fundiárias na Amazônia” será publicada na revista Estudos Sociedade e Agricultura e organizada por uma comissão composta pelos professores Karina Kato (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), Valdemar João Wesz Junior (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) e Juanita Cuéllar Benavides (Universidade Federal da Integração Latino-Americana).

Os artigos devem ser enviados até o dia 29 de fevereiro de 2024 (prazo anterior prorrogado), unicamente por meio do sistema de submissão da revista.

Edital completo em: https://drive.google.com/file/d/1Lxicrn8s8OJ6UeXguI8laO8AoPezbxaG/view?usp=sharing

 

O século XXI tem sido marcado por intensas transformações políticas, econômicas e sociais, que impactam significativamente na produção, no comércio e na corrida pela apropriação de terra e de recursos naturais. A recente valorização das commodities agrícolas e minerais, tanto na sua dimensão produtiva quanto financeira, tem sido apontada por diversos estudos recentes como uma poderosa força transformadora das economias (sobretudo, dos países em desenvolvimento, com a acentuação de processos de reprimarização e/ou desindustrialização) e dos territórios (concentração espacial, desigualdades socioeconômicas e degradação ambiental). Um dos principais palcos destas mudanças tem sido a Amazônia. A expansão do agronegócio – com destaque à pecuária, cultivo de grãos e de palma africana – e dos investimentos logísticos – principalmente hidrovias, rodovias, ferrovias e portos – têm impactado diretamente na apropriação, no uso e no mercado de terras destas áreas.

Apesar disso, um olhar sobre esta tríade (expansão do agronegócio, investimentos logísticos e dinâmicas fundiárias) não tem sido suficientemente aprofundado pelas Ciências Sociais, sobretudo quando comparado com estudos da área da Geografia, Economia e das Ciências Agrárias. A maior parte das pesquisas que se debruçam sobre essa temática tem se voltado para outras regiões e biomas como o MATOPIBA e o Centro-Oeste. Quando olhamos para a Amazônia, por outro lado, grande parte dos estudos têm focado nos impactos sociais e ambientais que são produzidos com a expansão da fronteira. Apesar da grande pertinência de trabalhos com esse enfoque, não deixamos de enfatizar a indispensabilidade do maior entendimento da dinâmica, dos instrumentos, dos interesses e dos atores que põe em marcha o avanço da fronteira agropecuária e da infraestrutura para seu escoamento na Amazônia, problematizando sobretudo seus efeitos sobre o tema fundiário.

A fim de ampliar o debate e fortalecer pesquisas com esse enfoque, para além de estudos sobre o Brasil, também estão convidados a compor a seção temática autores que analisam esse tema na região amazônica de outros países, discutindo estas questões para além das fronteiras brasileiras. De modo particular, a ST está interessada em contemplar artigos que abordem as seguintes temáticas (e questões correlatas):
- dinâmicas, instrumentos, interesses e atores da expansão da fronteira agropecuária na Amazônia, com destaque ao cultivo de grãos, à pecuária e à palma africana, bem como a sua conexão com a extração de madeira e com a mineração.
- investimentos logísticos, especialmente hidrovias, rodovias, ferrovias e portos, em territórios amazônicos, para a exploração dos recursos naturais, bem como para a produção e escoamento de commodities.
- interfaces e complementariedades entre a expansão do agronegócio e a implantação de estruturas logísticas nas áreas do bioma amazônico dos diferentes países, destacando o papel do Estado no estabelecimento e na reforma de marcos regulatórios com vistas ao fomento da expansão das fronteiras extrativas.
- efeitos diretos e indiretos da expansão da fronteira agropecuária e da construção de corredores logísticos sobre a dinâmica fundiária (uso, posse, mercado e financeirização das terras) na Amazônia, em especial, no que concerne à produção e ao aprofundamento das desigualdades fundiárias.

 


Os artigos devem ser enviados até o dia 29 de fevereiro de 2024 (prazo anterior prorrogado), por meio do sistema de submissão da revista Estudos Sociedade e Agricultura (revistaesa.com).

 

Normas para apresentação de artigos

  1. Serão aceitos textos na forma de artigo. No total serão selecionados até 6 (seis) artigos.
  2. Caberá aos Organizadores da ST e ao Comitê Editorial a decisão final sobre a publicação dos textos.
  3. Os originais devem respeitar todas as condições para submissão e diretrizes para autores da revista (https://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/about/submissions) e serão selecionados, preferencialmente, artigos de autores vinculados a departamentos e programas de pós-graduação dentro das Ciências Sociais (Sociologia, Antropologia e Ciência Política), que é o escopo da revista ESA.
  4. A análise e a avaliação dos artigos submetidos serão feitas em etapas. Na primeira, o Comitê Editorial analisará os artigos, verificando se obedecem às diretrizes da revista. Depois, os organizadores avaliarão se os artigos estão dentro do escopo da ST e, aqueles considerados aptos, passarão por uma avaliação cega feita por dois avaliadores ad hoc que emitirão pareceres sobre a pertinência da publicaçã Após essa avaliação poderão ser sugeridas aos autores modificações nos trabalhos. Todos os artigos passarão pelo sistema de avaliação cega por pares da revista ESA.
  5. Importante: ao submeter o artigo, favor escolher no campo Seção (primeira página do processo) a opção “Seção Temática Agronegócio, Infraestrutura Logística e Dinâmicas Fundiárias na Amazônia” ou acrescentar nos “Comentários para o Editor”(parte final do processo) de que se trata de artigo para a Seção Temática “Agronegócio, Infraestrutura Logística e Dinâmicas Fundiárias na Amazônia”. Caso isso não seja feito, a submissão será automaticamente direcionada pelo sistema para o fluxo contínuo da revista e poderá perder os prazos próprios de avaliação e publicação da ST, sem que isso seja da responsabilidade da revista.

 

Dúvidas e mais informações: estudoscpda@gmail.com