Estratégias paternas para a manutenção da sucessão geracional em propriedades rurais

Paternal strategies for maintaining generational succession in rural properties

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36920/esa-v28n2-7

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir os aspectos internos das famílias e das propriedades que motivam a sucessão, mais especificamente as estratégias lançadas pelos pais como forma de motivar os filhos a permanecerem nas propriedades e nos negócios familiares. O estudo foi realizado no município de Cruz Alta, estado do Rio Grande do Sul, através de entrevistas semiestruturadas, realizadas com 31 produtores rurais. Considerando os resultados das táticas fomentadas pelos pais, é possível constatar a existência de seis tipos: 1) estratégia relacionada à ocupação; 2) estratégias de autonomia; 3) estratégia de novos investimentos; 4) estratégia de fornecimento de estudo; 5) estratégia de ocupação urbana; e 6) estratégia de doação de bens. Os esquemas destacados anteriormente revelam que a sucessão geracional perde o caráter de acontecimento natural como era nas gerações passadas quando os filhos permaneciam na propriedade por obrigação moral, pelo amor a terra e para manter a coletividade da família e a reprodução do patrimônio ao longo das gerações. Hoje, os agricultores entrevistados demonstram que é preciso motivar a sucessão entre os filhos. Esta condição mostra que os pais estão preocupados com a manutenção dos negócios e do patrimônio e fazem um esforço para este processo acontecer ou se manter.
Palavras-chave: bens materiais e simbólicos; manutenção dos negócios e do patrimônio; sucessão geracional.

Artigo recebido em 30 de outubro de 2019. Aceito em 10 de abril de 2020.

Como citar
MOREIRA, Sandro da Luz ; SPANEVELLO, Rosani Marisa; BOSCARDIN, Mariele; LAGO, Adriano. Estratégias paternas para a manutenção da sucessão geracional em propriedades rurais. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, v. 28, n. 2, p. 413-433, jun. 2020.

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Biografia do Autor

Sandro da Luz Moreira, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil

Mestrado em Agronegócios pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
https://orcid.org/0000-0003-0743-1340
http://lattes.cnpq.br/2966578236878041
sandromoreira_rs@hotmail.com

Rosani Marisa Spanevello, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil

Doutorado em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora associada do Departamento de Zootecnia e Ciências Biológicas e do Programa de Pós-graduação em Agronegócios da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
https://orcid.org/0000-0002-4278-6895
http://lattes.cnpq.br/6662827969659065
rspanevello@yahoo.com.br

Mariele Boscardin, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Mestrado em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Agronegócios (NPEAGRO) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
https://orcid.org/0000-0002-3308-4189
http://lattes.cnpq.br/9766492034788870
marieleboscardin@hotmail.com

Adriano Lago, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil

Doutorado em Agronegócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor do Departamento de Administração e do Programa de Pós-graduação em Agronegócios da Universidade Federal de Santa (UFSM).
https://orcid.org/0000-0002-0499-102X
http://lattes.cnpq.br/1448024112231315
adrianolago@yahoo.com.br

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Publicado

01-06-2020