ESA_logo.png                                                                                      Recebido: 21.dez.2022   •    Publicado: 31.jan.2023                                                                                                                                                                                                                                                  

Homenagem à professora
Eli de Fátima Napoleão de Lima

In honor of Professor Eli de Fátima Napoleão de Lima

Comitê Editorial

 

 

Este número da Revista Sociedade e Agricultura se inicia com uma homenagem à professora Eli de Fátima Napoleão de Lima. Há um ano, em janeiro de 2022, nossa colega faleceu e deixou um importante legado nas atividades de docência, pesquisa, orientação e escritos sobre a relação entre história, literatura e agricultura, cujo escopo abrangia, sobretudo, o sertão amazônico.

Quando sua morte foi anunciada, o CPDA/UFRRJ recebeu diversas mensagens de alunos, ex-alunos e colegas de trabalho. Na homenagem que ora fazemos apresentamos algumas delas. Logo após, publicamos dois artigos de ex-orientandos: o de Rodrigo Kummer, escrito em parceria com a professora Eli um pouco antes de seu adoecimento, e o de Valdênio Freitas Meneses, problematizando sua produção acadêmica.

 

Homenagem da Direção do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (ICHS/UFRRJ)

É com pesar e profunda tristeza que comunicamos o falecimento da professora Eli de Fátima Napoleão de Lima, do DDAS/CPDA, na manhã de hoje. A história de nossa querida Eli se confunde com a dos estudos rurais e conflitos agrários no Brasil. Graduada em História pela UFRJ, ingressou em 1977 como estagiária no CPDA. Desde então, nunca mais se afastou: pesquisadora do pioneiro e interdisciplinar projeto Pipsa, mestranda, doutoranda, docente, coordenadora de inúmeros projetos de reconhecimento nacional e internacional, orientadora de dezenas de dissertações e teses, uma das quais laureada, em 2019, com o Prêmio Capes na área de Sociologia. Além desta decisiva contribuição intelectual e acadêmica, Eli Napoleão de Lima igualmente se dedicou de forma incansável à construção institucional de nossa UFRRJ nestes mais de 40 anos. Chefe do DDAS e coordenadora do CPDA em diversas ocasiões, Eli também foi vice-diretora do ICHS na primeira metade da década de 1990.

Todos os que tiveram a honra de com ela conviver sempre se lembrarão de sua presença forte, corajosa, criativa, alegre, combativa, solidária e afetiva.

A Direção do ICHS se solidariza com familiares e amigos, particularmente com a comunidade do DDAS/CPDA, por esta perda insubstituível. Seguiremos trabalhando arduamente sob o legado fértil que ela nos deixou e não esqueceremos jamais de seus ensinamentos: “A mim, resta desejar que se encerre em breve a apatia diante desse presente pantanoso e que retomemos à ousadia de reafirmar verdades como as referentes às dívidas sociais que o país carrega desde sempre, sem solução efetiva até então, que faça qualquer sentido socialmente, ou seja, a questão agrária. Ela sempre vai estar presente” (extrato de entrevista de Eli de Fátima Napoleão de Lima concedida à Revista IDeAS/CPDA, dez. 2019).

 

Direção do ICHS/UFRRJ

 

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Homenagens de colegas

A nossa querida Ly, o Departamento de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade e o CPDA têm suas histórias costuradas, feito ponto cruzado, um ponto forte, também conhecido como ponto bruxa. Ly e sua magia iluminavam o DDAS/CPDA. Ela costurava as relações internas entre técnicos, entre docentes, entre alunos. Costurava também as nesgas entre docentes e técnicos, entre alunos e técnicos e entre alunos e docentes. Com sua magia, encanto e alegria, fazia das relações tensas alta-costura. Na “sede”, em Seropédica, chegava com seu brilho, seu sorriso e sua elegância em reuniões, sobretudo naquelas que indicavam que seus tecidos iam desfiar. Com chuleio ou ponto luva, costurava as extremidades, segurando-as e, com isso, unindo os tecidos sem desfiar. De 2002 a 2020, esteve em quatro mandatos da chefia do DDAS. De 1987 a 1995, esteve em esteve mandatos da coordenação do CPDA. Entre 1991-1993, foi vice-diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais. Entre 2004 e 2008, esteve na direção da Rede de Estudos Rurais. Ly era uma máquina de costurar relações. Vez ou outra era reconduzida para o cargo do qual havia saído para, com seu ponto atrás, refazer costuras desfeitas e que eram necessárias para manter a força da subsede. Ly costurava, com brilho e elegância, o tecido que formava o DDAS/CPDA. Com seu falecimento precoce, perdemos um modo institucional de costurar relações. Perdemos seu brilhantismo, seu dinamismo, sua inteligência emocional e afetiva que produziu institucionalmente o DDAS/CPDA, suas relações internas e externas. Apesar disso, o tecido que Ly coseu permanece sustentando o DDAS/CPDA, pois está imortalizado no carinho e na admiração que todas e todos que ali permanecem mantêm por ela e por sua memória. Espero e desejo que consigamos preservar sua alta-costura.

 

Carmen Andriolli

 

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A querida colega Eli de Fátima Napoleão de Lima, simplesmente Ly para seus colegas mais próximos, nos deixou no último sábado acometida de um câncer silencioso e cruel que, em tempos de pandemia, demorou a ser identificado e combatido. Ly era historiadora, gostava de ser identificada assim e, apesar de sua pós-graduação em Ciências Sociais (no CPDA), nunca renunciou ao olhar de historiadora em suas disciplinas, seja na Graduação, seja na pós-graduação (no CPDA/DDAS) ou na orientação de seus alunos. Excelente profissional, acadêmica rigorosa e grande conhecedora da História do Brasil como de seus intérpretes, se destacava por seu olhar cuidadoso e profundo sobre qualquer tema que estivesse trabalhando, para suas aulas, suas pesquisas e as de seus alunos, aos quais tratava sempre com carinho e generosidade que eram suas marcas. Em 2019, teve a alegria de ter a tese de um de seus orientandos de doutorado (Valdênio Freitas Meneses) premiada pela Capes como a melhor tese em Sociologia.  Mas não era só na academia e na didática que a Ly deixou sua contribuição. Sua dedicação à instituição foi notória em várias conquistas nos diversos períodos como chefe de departamento (DDAS) e como vice-diretora do ICHS, entre as quais destaco os esforços envidados nas negociações para a incorporação ao patrimônio da UFRRJ de mais três andares do prédio em que se localiza a sede do CPDA. Apesar de lotada no DDAS, que funciona na av. Presidente Vargas, Ly frequentava a “Sede”, como ela gostava de dizer, constantemente. Era conhecida e desenvolveu amizade com servidores e colegas da administração, assim como de outros departamentos, tratando-os com a proximidade que lhe era peculiar. A distância e o fato de não ter carro nunca foram empecilhos para o deslocamento no percurso dos oitentas e tantos quilômetros que separam sua residência da “Sede”.

Como a mais antiga integrante na ativa do Programa de Pós-Graduação de Sociologia em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA), vestia a sua camisa antes de colocar sua roupa para sair de casa. O CPDA era também a sua casa e a sua família, gostava de dizer. Frequentava cotidianamente sua sala que estava sempre aberta para quem precisasse de uma ajuda, seja profissional, seja pessoal. Sua solidariedade não tinha limites para quem quer que necessitasse e que ela pudesse atender. Todos eram seus “queridos”, como os tratava, e a cada um designava um apelido carinhoso que acabava se fixando à identidade da pessoa. Assim foi com o Regis, com a Rejú, com a Raquelucha, com o Rob, com o Rai e outros tantos... Dizer que “deixou um vazio” ou “um buraco que nunca será preenchido” é pouco para falar da ausência da nossa querida Eli. Ela levou muito de nós com ela, mas deixou sua luz em nossos corações. Seremos responsáveis por manter essa luz acessa, cultivando nossas relações como ela soube cultivar as suas: com extrema alegria, um sorriso largo e carinhoso e muita generosidade e solidariedade, qualidades que se confundem na pessoa da Eli. Assim, homenagearemos a Ly e seremos melhores.

 

Maria José Carneiro

 

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Não poderia ter sido diferente. Nossa Ly, ao preparar-se para a partida, nos entrelaçou amorosamente feito ciranda, carimbó e outros passos de dança por ela inventados em dias de festa, nos aniversários e comemorações de bancas de tese ou quando a vontade de dançar se anunciava.

Ela então ajuntou familiares, amigo(as), “zamigas” de longa caminhada e gentes que vieram ajudá-la. Feito um pastoril, uniu mestras e contramestras, embaralhou a linha de frente com a retaguarda, misturou o cordão encarnado com o cordão azul, somou cantores(as) e poetas que mal sabiam solfejar e rimar. E, ciosamente, preservou nossas individualidades, jeito de ser e de amar, crenças e concepções de mundo.

Assim constituído o grupo, ela também entrou na dança. Obviamente que do seu jeito, a seu modo e dentro de suas possibilidades. Hoje percebo que Ly preparou-se e preparou-nos para a sua partida. Sem fôlego, cansada e com dores, sabiamente transformou-nos em narradores(as) de suas caminhadas, que hoje também são nossas, e intérpretes de suas trajetórias.

Em comum o amor maior feito carinho, solidariedade e afeto.

Juntas(as), revivemos recordações guardadas na memória, resgatamos fotografias coloridas ou esmaecidas pelo tempo. Conhecemos inúmeras histórias recontadas a partir das mais belas e expressivas fotos e causos os mais divertidos como a manta de frio em pleno calor ou ou a compra no brechó justamente de roupas da amiga querida ao invés de pegá-las no armário.

Viajamos por esse mundo afora. Escalamos montanhas, singramos mares, mergulhamos em suas ondas; bebericamos e cantamos. Sorrimos quando alguém comentou que ela comia “insuportavelmente” devagar. Conosco também e sempre dizia: “fiquem à vontade, não me esperem”. E gargalhamos quando soubemos de suas “crises de riso pelos motivos mais bobos”.

E muito mais.

Juntos(as) revisitamos a sua sala de trabalho no nono andar do CPDA, conhecida como a sala da “escuta acolhedora”. Recordamos a valorização do éthos da comunidade com seus prós e contras e seu infindável afeto. E conhecemos pessoas extremamente afetivas e carinhosas. Sem constrangimentos para falar que choraram diante do sofrimento e da dor e ao mesmo tempo dizer que não perdem a esperança. Zamigas que rezam suas rezas, acendem velas e diariamente desejam “energias positivas” e “chuvas de benção”, “violetas” “juntas em oração”. Corações floridos, moventes, pulsantes. E flores mil.

Sem esquecer o nosso imenso carinho pela minha/nossa mui cara amiga que, mesmo na exaustão das responsabilidades, ficava sensibilizada diante de nossa aflição por notícias e nos garantia informações e acontecências ocorridas, seja durante o dia, seja à noite e até na madrugada.

Juntamente com a paixão pelo mar, o amor à natureza e a felicidade de estar ao lado da sua família e de amigos(as), ela se manteve fiel e aprofundou a sua leitura sobre Gilberto Freyre de Casa Grande & Senzala. Ficou feliz quando o seu artigo sobre Graciliano Ramos foi aprovado para publicação. E, na função de orientadora, se adentrou por novas searas sobre direito territorial, terras indígenas e bancada ruralista. Ly vibrou com a premiação de seu orientando. Nunca deixou de assumir atividades institucionais. Seja “Pensando a Respeito”, seja à frente de coordenações e chefias.

Consciente ou inconscientemente, ela foi se afastando de mansinho sem se fazer notar, mas prestando contas de seus compromissos profissionais. Intensificou as defesas de teses e dissertações de seus orientandos e orientandas. Delegou a outrem tarefas de longo prazo, há décadas sob sua responsabilidade. Encaminhou o seu processo de aposentadoria. Sempre atenta não faltou a nenhuma reunião, mas mudou a posição do computador. E manteve a alegria da vida. Tomou banho de mar. De seu lugar preferido, assistiu o amanhecer e o entardecer do dia.

Se Norbert Elias, sociólogo, tivesse tido a oportunidade de presenciar a partida da Ly seguramente não teria escrito A solidão dos moribundos.

Na despedida, sussurramos baixinho: “Está tudo bem!”. Colocamos sua música. Velas foram acesas dia e noite. Pedimos a proteção de Iemanjá, rainha do mar. Ficamos felizes quando alguém decidiu plantar hibiscos – símbolo da continuidade da vida.

Eli Ly, Lili, Tililica delegou-nos como herança seus sonhos, propósitos e projetos. Ela nos humanizou, o que é um privilégio em tempos tão difíceis e afeitos ao egoísmo. E nós a ajudamos a fazer a sua passagem sabendo-se amada...

De minha parte, basta como memória e afeto o apelido Rejú.

 

Regina Bruno

 

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Homenagem de ex-alunos

A partida da Eli, tão precoce e repentina, me bateu como aquelas rasteiras que a gente toma e faz cair de cara no chão. Chorei um choro pesado, não sei se de tristeza, raiva, desamparo, injustiça, saudade ou tudo junto. A gente não merecia perdê-la assim. Não agora.

A verdade é que Eli era uma pessoa tão necessária, que a qualquer momento que ela partisse, deixaria sempre um vazio enorme. Mas como boa professora que era, o que ela deixou mesmo foram ensinamentos preciosos. E não me refiro somente aos estudos rurais e conflitos agrários, ou às tantas causas em que lutou, nas quais será sempre uma grande referência. Mas também àquilo que ela ensinava no dia a dia. Eli era sinônimo de solidariedade, coragem, força, afetividade e alegria.

Conheci a Eli na minha arguição oral durante a seleção para o doutorado, e o que era para ser um momento tenso e difícil, fez-se leve e fluido com a generosidade e o interesse verdadeiro com que ela me questionava. Logo depois, veio a ser minha primeira orientadora (antes de passar o bastão à Carmen) e professora. Fui sua aluna no CPDA e também tive a honra de dividir a sala de aula com ela, quando me confiou seus alunos da graduação na Rural. Nesse dia, fez questão de me apresentar o campus inteiro, com uma alegria de menina recém-chegada, mesmo fazendo aquele caminho há mais de 40 anos.

Eli me acolheu quando me separei, me levou para beber no seu querido Paladino e dançou comigo até o chão na nossa festa de fim de ano. Sem falar nas ricas conversas, ideias e risadas que tive o privilégio de trocar com ela. Minha tese já caminha para o final, mas vai ficar incompleta sem a sua leitura.

Eu não me conformo com a sua partida. Mas quero guardar o que de melhor ela deixou, embora seja difícil escolher dentre tantas qualidades. Eli era pura alegria e pulsão de vida, que exalavam pelos poros, tanto numa manhã chuvosa de segunda-feira quanto num fim de sexta depois de vários chopes. Eu me questionava em silêncio como, depois de tudo o que viveu, do que enfrentou, ainda havia tanto brilho naqueles olhos. Não sei, mas desconfio. Eli era especialista em criar bons momentos e alimentar as melhores lembranças.

E assim, sigo sua lição.

Obrigada, professora.

 

Joyce Barbosa

 

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No início de 2020, falamos sobre escrever um artigo a respeito das imagens dos ferros de gado, sobre Ariano Suassuna, gastronomia e sertão – artigo agora que sei que tenho de continuar sozinho. Durante a pandemia, nós nos falávamos por e-mail e WhatsApp. Em 2021, ela escreveu um prefácio para o livro da nossa tese. Em março desse mesmo ano, ela entra rápido em uma live para a qual fui convidado e manda um abraço. Em maio, falei com ela quando perdemos, na atual tragédia brasileira, um grande amigo – o Felipe Prado, doutorando de 2014, e outra figura que marcou profundamente minha passagem no CPDA.  Em outubro, saem os primeiros lotes do livro originado da tese. Envio para Eli um exemplar com uma dedicatória e aguardo resposta. Em dezembro, estranho a demora na resposta e reenvio mensagem. Enfim, no dia 31 de dezembro conversamos e ela anuncia que estava doente grave – estava ainda entendendo essa “hecatombe”, nas suas palavras – e reforçava o orgulho de trabalharmos juntos. Estava óbvia a despedida. Apaguei esses áudios da memória do celular para não mais ouvi-los. Prefiro lembrar da Ly como alguém da festa, da rua, do movimento, da inquietação, da energia. Era potência e energia e do correr da vida que tudo embrulha.

Foi em uma manhã chuvosa e cinzenta de janeiro de 2022, na cidade de São Paulo, que fui recebendo, por intermédio dos amigos do CPDA, a notícia da despedida definitiva da minha querida amiga, orientadora e “cachaceira” sertaneja. Na nossa vastidão de crenças, é impossível não colocarmos a Eli no plano sagrado por meio da poesia: “morre jovem aquilo que os Deuses amam”, como diz um dos vários heterônimos de Fernando Pessoa. As memórias dos amigos e amigas fazem a gente sentir o “cheiro” da saudade. Eu me emocionei com as homenagens das professoras Regina Bruno e Maria José Carneiro. Também foi amável e gentil todo o cuidado dos amigos Sérgio Leite, Carmen Andriolli e Leonilde Medeiros nos momentos finais – assim como a Ly o fez nas despedidas de Raimundo Santos e de Hector Alimonda. 

A despedida física da Ly tornou ainda mais forte sua energia agregadora. Figuras como Eli Napoleão não são mais pessoas físicas – sua matéria está dispersa nas cinzas –, mas são, agora, “entidades” que podem ser interpretadas à luz da melhor tradição antropológica. Pessoas que se tornam “mana”, ou seja, energia social e que circulam como um “patrimônio”. Eli é o nosso patrimônio: ela define processos e gerações do CPDA, do Horto Florestal, de Seropédica e até dos apertados andares (6o a 9o), mas sempre acolhedores, do prédio da avenida Presidente Vargas, 417.

Por fim, ao sobrevivermos a esse momento histórico e dramático que se passa no mundo e no nosso país, evoco a Eli, mas também a lembrança de amigos e amigas que nos deixarão saudades de um CPDA “pré-pandêmico”, que não mais existirá senão em nossa “ilha de edição” de memórias. E que essas memórias nos tragam a certeza de que a atividade acadêmica deve manter a navalha crítica e o realismo, mas que também seja gentil e acolhedora. Esses foram alguns dos aprendizados que tive dentro de veredas nos sertões em que a Eli me guiou com suas cenas “elinapoleônicas”: do agradável ambiente da sua sala no 9o andar ao “bar do Paladino” ou “bar da Igreja”, da literatura latino-americana, da nossa “saudade e rusticidade” e, por fim, da incessante busca – seja ela poética ou acadêmica – pelas raízes agrárias da formação social brasileira.

 

 

Valdênio Freitas Meneses 

 

 

 

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